EDITORIAL
“O mar me fascina. [...] “Sem nunca ter um
ponto onde chegar” ele navega pelo puro
prazer
[...]A vida é assim mesmo. É sempre
possível deixar o barco atracado ou só
navegar nas baías mansas. Aí não há perigo
de naufrágio. Mas não há o prazer do
calafrio e do desconhecido.
[...] a vida é assim: somos pequenos barcos
de velas brancas no mar desconhecido. Os
remos são inúteis. A força dos elementos é
maior que a nossa força. [...] A sabedoria
suprema não é fazer - remar -, mas não fazer
nada, deixar-se levar pelo mar da vida que é
mais forte. Eu nunca consegui chegar a lugar
algum usando remos. Sempre fui levado por
uma força mais forte que a minha razão a
praias com que nunca havia sonhado. Foi
assim que me tornei escritor, porque o mar
foi mais forte que o meu plano de viagem.
De fato,
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Talvez seja por isso que os navegadores
navegam: "porque no perigo e no abismo
eles veem refletida a eternidade”.
(ALVES, 2010, p. 118-119).
Nesta edição apresentamos os artigos:
Criatividade e Terapia de Julio de Mello
Filho; O Jogo Infantil e a Criação Poética
de Tânia Ferreira. Em Literatura: A
Realidade que não quer Calar de Susanne
Andrade. Em Reflexão: O Ipê e o Amigo de
João Baptista Zecchin, uma contribuição de
Aurici Luciani. Notícias.
Esperamos que tenham uma leitura agradável
além de contribuir com a sua prática na
Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers.
Elisabete Cerqueira
Diretora
Cultural
Diretora
Cultura
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