MÚSICA ALIMENTO DA ALMA
Priscila Souza
Bacharel em Música – Piano.
Bacharel em
Música Sacra.
Pós-graduação em Musicoterapia.
Sociopsicomotricista Ramain-Thiers.
A música movimenta e por isso contribui para
a formação e para o desenvolvimento humano.
Cada um dos aspectos ou elementos da música
corresponde a um enfoque humano
específico,ao qual mobiliza com
exclusividade, mais ou menos intensamente.
O ritmo musical induz ao movimento corporal
e a melodia estimula a afetividade.
A ordem ou a estrutura musical, na harmonia
ou forma musical, contribui ativamente para
a afirmação ou para restauração da ordem
mental do homem.
Além disso, a atividade musical mostra ou
melhor, indica algo, que o indivíduo
manifesta e traduz na música, através do
comportamento e do sentimento compreensível
e decodificável. O observador especializado
detecta os movimentos amplos e ou movimentos
finos. Os sons produzidos ao tocar um
instrumento, ou ainda, caminhar ao som do
mesmo, demonstra e avalia objetivamente as
tensões e bloqueios corporais vividas pelo
sujeito. Assim, seu afeto é comunicado
enquanto a sua mente recebe e interage com
as estruturas musicais.
Por sua vez, esse arsenal de dados, se
conecta sublimemente, com uma espécie de
características inerentes ao sujeito
musical, algumas delas como: a imaginação, a
sensibilidade, a capacidade motora e mental,
o relaxamento, a capacidade de liberação, a
projeçãoe outras como: os medos, as tensões,
as preocupações, o desequilíbrio, a carência,
o excesso e a repressão.
Segundo Solange Thiers, 1994, a principal
função do trabalho corporal na metodologia é
“despertar a atenção interiorizada” e tornar
o sujeito uno nas relações entre os seus
elementos internos e a sociedade em que
vive. A música entra como elemento
primordial ou como agente facilitador para
que este sujeito descubra e sinta este seu
mundo interno e externo, social.
Por que?
Porque a música pode através do trabalho
corporal alcançar outros objetivos mais
específicos: liberar recalques corporais;
liberar a repressão sexual; despertar a
sensibilidade; promover a integração da
mente, da consciência corporal, do social e
dos afetos; favorecer a formação do esquema
e da imagem corporal; facilitar a inter-relação
do sujeito nos grupos; fortalecer o real e a
estrutura egóica.
A nossa intenção com essa
proposta sendo músicos ou não, é buscar
conhecimentos na escolha da música para a
atividade corporal entendendo a grande
importância das mesmas, de acordo com cada
sujeito e ou grupo.
Referências
GAINZA,
Violeta Hemsy. Estudos de Psicopedagogia
Musical . São Paulo:Summus, 1988.
THIERS,
Solange. Sociopsicomotricidade
Ramain-Thiers: uma leitura emocional e
corporal. São Paulo: Casa do Psicólogo,
1994.
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