tenham sido resolvidos. Assim, não haverá
acúmulo de “ tempo psicológico”, que é a
identificação com o passado e a projeção
compulsiva e contínua no futuro.
O tempo do relógio não diz respeito apenas a
marcar um compromisso ou programar uma
viagem. Inclui aprender com o passado, para
não repetir os mesmos erros indefinidamente.
Estabelecer objetivos e trabalhar para
alcança-los. Predizer o futuro através de
padrões e leis, que podem ser físicas,
matemáticas, etc. Aprender com o passado e
adotar ações apropriadas com base em
prognósticos.
Mas, mesmo aqui, no âmbito da vida prática,
onde não podemos agir sem uma referência ao
passado ou ao futuro, o momento presente
permanece como um fator essencial, porque
qualquer ação do passado é relevante e se
aplica ao agora.
O principal foco de atenção das pessoas
iluminadas é sempre o Agora, embora elas
tenham uma noção relativa do tempo. Em
outras palavras, continuam a usar o tempo do
relógio, mas estão livres do tempo
psicológico.
Esteja alerta quando praticar isso, para que
você, sem querer, não transforme o tempo do
relógio em tempo psicológico. Poe exemplo,
se você cometeu um erro no passado e só
agora aprendeu com ele, está utilizando o
tempo do relógio. Por outro lado, se você
considerar isso mentalmente e daí resultar
uma autocrítica, um sentimento de remorso ou
de culpa, então você está transformando o
erro em “meu”. Ele passou a ser uma parte do
seu sentido de eu interior e se transformou
em tempo psicológico, que está sempre
relacionado a um falso sentido de identidade.
A dificuldade em perdoar envolve,
necessariamente, uma pesada carga de tempo
psicológico. |