Vol. IX: Vitrais 81 - out 2016
A Revista da ABRT Associação Brasileira Ramain-Thiers - ISSN 2317-0719
 
     
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VITRAIS
Vol. IX: Vitrais 81

                        out 2016

 

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Artigos

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Reflexão

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Elisabete Coimbra Cerqueira

 


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Reflexão 2

 

 

 

O erro e os lápis de cor em Ramain-Thiers

 

 

 

Elisabete Coimbra Cerqueira

 

O ERRO E OS LÁPIS DE COR EM RAMAIN-THIERS

 

Elisabete Coimbra Cerqueira

Mestre em Letras. Psicóloga. Pedagoga.

Psicopedagoga Institucional.

Sociopsicomotricista Ramain-Thiers.

 

O erro é ação. Se errou é porque está inteiramente vinculado ao trabalho, está vivo, agindo e em processo. Errar mostra que tentou uma saída e criou alternativas para acertar.

Socialmente errar provoca chamadas de atenção, críticas de si mesmo e dos outros sugerindo desqualificação e incapacidade. O sujeito que erra se aventurou, se arriscou, se perdeu, mas buscou, investiu, produziu e encontrou um caminho.

Ao entrar em contato com a proposta em Ramain-Thiers, o sujeito projeta os seus conteúdos inconscientes, independentemente da sua vontade.

Autilização dos lápis na Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers tem a função de viver experiências emocionais. Obedece a seguinte simbologia: lápis preto começando a proposta e seguindo do início até ao fim sem errar; lápis vermelho se errou; lápis azul se errou pela segunda vez e lápis verde se errou novamente. Assim sucessivamente, o sujeito caminha na realização da proposta.

Ao realizar a proposta, nem sempre o sujeito percebe o erro. A tentativa é continuar buscando a finalização correta.É claro que o desenho possui um caminho a ser percorrido, o qual leva ao acerto.Esse caminho, geralmente somente é percebido pelo sujeito, quando o desenho não encontra o seu início, ou seja, não se completa.Penso, que nesse momento ocorre, uma verdadeira avalanche de sentimentos, justamente pela história do sujeito e a interferência da mesma no social denunciando a incompetência na realização das tarefas.

Na troca de lápis, na Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers, acontece a marca do trajeto, que não será apagado, mas retomado sempre que for preciso.

O refazer, buscar a saída, pensar e criar oportunidades é o caminho da metodologia.

Errar é estar presente na vida, no seu próprio movimento, na sua históriacom autenticidade. Errar e provocar a troca de lápis funda o contato com algo de si conhecido, mas que não quer reconhecer. A metodologia Ramain-Thiers quebra a onipotência do acerto e provoca o encontro de si mesmo, num crescimento contínuo. Amplia a produção. Não apaga. Constata e retoma a ação.                                       

 

Referências

ZIMERMAN, David. Os quatro vínculos: amor, ódio, reconhecimento na psicanálise e em nossas vidas. Porto Alegre: Artmed, 2010.

THIERS, Solange.  Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers: uma leitura emocional, social e corporal. In: DUARTE, Angela Maria de Albuquerque,

THIERS, Elaine, CERQUEIRA, Elisabete, ORLANDO, Jussara Teixeira, FACHINNI, Maria Cristina Soares. 2 ed. Ver. E atual. São Paulo: Casa do Psic

 

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