PALESTRAS EM FOCO
Um encontro de família, apresentação de Elaine Thiers.
Família é constituída por um grupo de pessoas de
diferentes idades, que mantém entre si vínculos afetivos
intensos, que podem ser positivos ou negativos.
Muitas vezes é necessário um motivo especial, para que a
grande família possa se reencontrar, este costuma ser um
momento de trocas afetivas intensas, descobertas de
mudanças e troca de experiências de vida.
Vamos exemplificar, através de uma festa de aniversário,
há toda uma programação, as pessoas são convidadas, é
feito um levantamento de todas as necessidades para que
o encontro de família possa ocorrer de forma harmoniosa.
É necessário muito cuidado nos detalhes, para que tudo
esteja impecável e as pessoas sejam recebidas
literalmente para uma festa.
Este ano o Rio de Janeiro comemora 450 anos e a ABRT
comemora 25 anos, estes são os motivos bem fortes para
que comemoremos de forma singular.
Elaine Thiers. Psicóloga. Psicanalista. Sociopsicomotricista
Ramain-Thiers. Sócia Titular da ABP. Vice-Presidente da ABRT. Membro
da Comissão Científica da ABP. Coordenadora da Comissão Científica
do VI Congresso Brasileiro Ramain-Thiers. Professora da
Pós-Graduação de Psicomotricidade-IBMR.
Esta apresentação propôs a busca de laços e entrelaces
entre a literatura, a psicanálise e a
sociopsicomotricidade Ramain-Thiers, com a finalidade de
ampliar e enriquecer os vínculos possíveis alcançados
pelo sujeito, quando se depara com a leitura, com a
escrita, com os próprios sentimentos e a transformação
gerada a partir do contato e o compromisso consigo mesmo.
Elisabete Coimbra Cerqueira. Pedagoga, Psicóloga.
Psicopedagoga Institucional. Sociopsicomotricista
Ramain-Thiers. MS Letras: Literatura Brasileira.
O termo feminino, tanto para a psicanálise como para
outras teorias, tem carga polissêmica remetendo a
múltiplas abordagens.
Pensar a feminilidade, sem dúvida, constitui uma direção
para compreender o laço social na cultura.
Mudanças ocorridas no campo da sexualidade têm rompido
com as fronteiras entre o público e o privado,
promovendo deslocamentos do feminino no mundo
contemporâneo.
Ao questionarmos como se constituíram e padronizaram os
modelos discursivos do feminino e o ideal de
feminilidade, na história, teremos a clareza de que
foram produzidos a partir de uma posição masculina
dominante.
As atuais abordagens sobre a hegemonia do modelo fálico/castrado
tecem novos territórios do pensar feminino.
Se o feminino ficou como o outro excluído da civilização
ocidental, resgatá-lo é conceber uma metapsicologia da
alteridade, que permita transformar o ‘continente negro’
do desconhecido em um continente fértil, criativo e
inacabado do devir.
Eliana Julia de Barros Garritano. Mestre em psicanálise,
saúde e sociedade. Psicanalista. Psicóloga.
Fonoaudióloga. Especialista em Educação.
Sociopsicomotricista Ramain-Thiers. Coordenadora
Ramain-Thiers, RJ.
Este trabalho fundamentou-se no conceito de “modernidade
liquida”, do sociólogo polonês Zigmunt Bauman. O autor
argumenta que as relações se misturam e condensam com
laços momentâneos, frágeis e volúveis, em um mundo cada
vez mais dinâmico, fluído e veloz, seja real ou virtual.
O século XXI é um mundo de incertezas.
Através da Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers
entendermos aquilo que nos move, as nossas limitações,
nossas forças e também os recursos que dispomos.
Conhecimento, respeito, empatia, aceitação e permissão
são inseridos em nossos mapas neste caminho de
autoadministração mental e emocional.
Passando pela atenção interior planejamos e investimos
em ações propostas pelo terapeuta, entrelaçando
sensações, conhecimentos, saberes, vidas e emoções num
grupo. Ou seja, numa matriz de experiências vividas
aprendemos a dosar esforço e abandono, cortar e colar,
etc. Ampliamos a confiança em nossas próprias opiniões e
competências, percebemos uma fronteira interna pela qual
somos responsáveis e ampliamos a consciência para o
território da vida.
Maria da Graça Veiga Conceição. Psicóloga. Especialista
em Psicologia Clínica. Especialista em Psicomotricidade.
Mestre em Psicologia Clínica. Formada em Panlexia.
Sociopsicomotricista Ramain-Thiers. Coordenadora
Ramain-Thiers, Curitiba, PR. e São Paulo, SP.
Conhecimento e experiência em Políticas Públicas, CAPS e
CRAS. Experiência em atendimento clínico individual e
grupal com crianças, adolescentes, adultos e idosos.
A realização do trabalho com mulheres (que ganham seu
sustento nas ruas do Rio de Janeiro) e seus filhos
marginalizados, surgiu de uma variedade de ideias da PMM
(Pastoral das Mulheres Marginalizadas), que geraram
ações coletivas. Uma delas foi a criação de um grupo que
se nomeou de: “ Um lugar para brincar e sentir” –
Enquanto as mulheres eram assistidas pela equipe de
médicos e psicólogos, seus filhos participavam do grupo.
Segundo Osorio “ o grupo é o agente de cura e a tarefa
se constitui num organizador dos processos de pensamento,
comunicação e ação, que se são entre os membros do grupo”.
Como essas crianças evidenciam carências de diversos
aspectos, o trabalho com a Sociopsicomotricidade mostra-se
bastante indicado, pois privilegia a reparação do objeto
interno as funções cognitivas, além de mobilizar
sentimentos e afetos, resgatando a autoestima. No
setting grupal o trabalho é realizado através da
expressão plástica, do trabalho corporal e da
verbalização, desvelando o inconsciente e oferecendo
condições de serem facilitadores da lei. A transferência
lateral e central promove a revivência das relações
familiares atualizadas, com as trocas no grupo.
Nesse trabalho focamos no desenvolvimento da
criatividade, possibilitando uma transformação do mundo
interno. Segundo Thiers, S. , a criatividade é um
processo de mudança, onde a criança poderá ser motivada
a princípio pela própria desordem, na tentativa de
organização do material, espontaneamente surge na
relação o momento criador, através desse contato, surge
também a motivação, que possibilita a continuidade do
processo, tendo condições com o trabalho, de sair do
lugar marginal.
Este grupo tem a função de ser continente das angústias
e necessidades de cada um, a fim de que as crianças
possam ter segurança para reexperimentar e
ressiginificar fortes e antigas experiências emocionais.
Propomos uma reflexão acerca do processo grupal,
utilizando a Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers no
desenvolvimento da autoestima e a autonomia das crianças.
Leila Maggio Teixeira de Mello. Psicóloga Clínica.
Mestre em Psicanálise e Sociedade, UVA, RJ.
Psicomotricista, ABP. Socioterapeuta Ramain-Thiers.
Terapeuta de Formação Ramain-Thiers. Formação em Hipnose
Ericksoniana, IMHEP.
Você já viu um balão voando num lindo céu azul?
Acompanhou o processo desde o início, de conseguir fazer
este balão voar. É uma sofisticada e contínua engrenagem
de procedimentos, etapas e finalizações. Mas, uma coisa
é básica, é preciso soltar as amarras, os pesados sacos
de areia.
Nossa vida psíquica, também é constituída de uma
complexa e dinâmica engrenagem de funcionamento.
Possuímos inúmeras funções neuropsicológicas que,
juntas, resultam num funcionamento psíquico singular,
que pode explicitar saúde ou doença. Este funcionamento
pode desencadear um voo livre, permeado de alegria,
satisfação e energia suficiente para ser possível buscar
e percorrer a deliciosa viagem da vida. Ou, podemos como
decorrência de impossibilidade de soltar as amarras e,
ou, os pesados sacos de areia, ficar presos,
imobilizados, impedidos de viver o trajeto da viagem.
Quais são as amarras, os sacos de areia e os medosque
constituem o nosso pessoal e intransferível cárcere
psíquico?
Elaboramos e, ou, vivenciamos, ao longo da nossa vida,
diversos contos, segredos ou histórias que se repetem,
como numa saga ou história mística e podem constituir o
aprisionamento psíquico, ou, dito de outra forma, as
fraturas no funcionamento psicológico.
Leila Janot de Vasconcelos. Psicóloga. Mestre e Doutora emPsicologia
Cognitiva. Pós-Doutorado em Psicolinguística. Terapeuta de Formação
Ramain-Thiers. Especialista em Psicologia Clínica e Neuropsicologia.
Sociopsicomotricista Ramain-Thiers.
Vive-se, atualmente, em uma época de transformações que
jamais vimos em toda a nossa história sejam das
políticas, sociais, climáticas ou econômicas, as
mudanças estão nos conduzindo a uma nova era que anseia
por novos paradigmas.
A globalização da economia derrubou barreiras e
estabeleceu novos padrões de competitividade para as
instituições, determinando como principal fator de
diferencial o ser humano que carrega consigo a sua
história, os seus desejos, a sua bagagem criativa, o
conhecimento e a competência na sua aplicação.
O colaborador hoje, tem sido obrigado a desenvolver
novos atributos que nem imaginava necessário. E, é nesse
sentido, que empresa e colaboradores buscam aprimorar a
consciência humana, novas formas nas relações de
trabalho, na natureza do trabalho e na relação do homem
com esse novo mercado.
A partir desse olhar, surgiu esse trabalho com um grupo
de docentes de uma creche filantrópica, com o objetivo
de desenvolver as potencialidades individuais, o
autoconhecimento, a iniciativa, a criatividade, a
independência, a autonomia, promovendo a flexibilidade e
proporcionando um novo modelo de relação.
A proposta foi desenvolvida a partir da integração de
vivências da Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers,
através de propostas dirigidas, semidirigidas e livres,
de formas transitivas formando um vasto material
projetivo inserido no contexto do trabalho grupal, que
permitiram ao grupo, a possibilidade de refletir sobre
si e de seu papel enquanto colaborador: descobrindo
formas de se relacionar consigo, com o outro e com o
coletivo, dando-lhes condições de vivenciar o
maravilhoso e o contínuo processo de dar e receber,
enfim, de crescerem enquanto redes sociais.
Os resultados foram satisfatórios pois atingiu-se os
objetivos propostos, assim como as verbalizações foram
surpreendentes e gratificantes em todos os sentidos
redefinindo a cooperação, a identidade, o fortalecimento
do grupo e o seu papel social vivido no dia a dia da
instituição.
Maria Alice de Santana Resende. Mestre em Educação e
psicanálise. Sociopsicomotricista Ramain-Thiers.
Psicopedagoga. Presidente da APP, PI. Titular da ABPp.
Pedagoga. Orientadora Educacional.
Higina Monteiro. Filósofa. Pedagoga. Psicopedagoga
Institucional e Clínica. Sociopsicomotricista
Ramain-Thiers. Coordenadora Pedagógica da Fama Creche
Escola.
Vivemos num mundo globalizado, cheio de estímulos e
informações. As distâncias se encurtaram permitindo
aproximação de quem está longe. Em contrapartida, nos
afastamos cada vez mais de quem está pertinho da gente,
inclusive de nós mesmos. Tantos barulhos, sons verbais e
não verbais se misturam numa poluição sonora sem fim.
Ninguém escuta ninguém. Nem a si mesmo. Os problemas de
comunicação aumentaram numa era de tanto recurso e
tecnologia. O silêncio já não tem o seu lugar.
Uma reflexão Ramain-Thiers valoriza a QUIETUDE INTERNA e
propõe um encontro com a ATENÇÃO INTERIORIZADA de cada
um. Através da Sociopsicomotricidade, o corpo pode falar
e ser escutado!
Cristiane Castro Alves Braga. Fonoaudióloga.
Sociopsicomotricista Ramain-Thiers. Coordenadora e
Supervisora Ramain-Thiers, GV, MG.
Existem alguns fenômenos que influenciam os casamentos:
Famílias de Origem; A Escolha do Parceiro; Filhos; Sexo;
Dinheiro; Projetos, Lazer, Amigos, Diferenças; Traição.
Estes, como outros aspectos do casamento, podem ser
motivo de sofrimento, separação e nos recasamentos estes
problemas se multiplicam.
Entretanto, apesar da complexidade da relação, nem
sempre capaz de ser mudada, o amor e a disponibilidade
de investir na situação pode, felizmente, minimizar as
dificuldades.
Márcia Elisa Moura de Modesto. Psicóloga. Pós-Graduada
em Psicanálise, Socioanálise e Análise Institucional,
IBRAPSI. Pós-Graduada em Terapia Familiar Sistêmica, NP.
Especialista em Orientação Vocacional e Profissional.
Especialista em Psicodiagnóstico. Membro de Junta
Pericial, 30 anos. Experiência Clínica individual e
grupal com casais, famílias, crianças, adolescente e
idosos, 35 anos.
Os tempos atuais apontam questões importantes, como
assim se revela o processo de medicalização da sociedade.
Uma das características desse processo é descaracterizar
a soberania subjetiva no que concerne ao cuidado de si e
da própria saúde. Este cenário se agrava ao levarmos em
conta que tal processo tende a tratar como desordens
médicas, situações antes consideradas apenas como
expressão da subjetividade. Este trabalho visa refletir
sobre o processo acima mencionado sob a ótica da
filosofia existencial de Simone de Beauvoir.
Márcia Regina Viana. Professora Col. do PPGCL/UENF.
Nutricionista. UFF. Filósofa, UERJ. Doutora em Ética,
UGF. Pós Doutora em Cognição e Linguagem, UENF.
Professora Adjunta do Curso de Nutrição, UFRJ, Macaé.
Observamos brincadeiras, desenhos, modelagens,
bricolagens e outras técnicas propostas em sessões de
expressão artística com crianças indígenas Guarani/Kaiowá,
Kadiwéu, Terena e pantaneiras de Mato Grosso do Sul. As
crianças se movimentavam e reagiam como se vivenciassem
o trabalho como atividades lúdicas. Além disso,
acompanhávamos o grupo no recreio e intervalos, na
escola ou mesmo nas visitas às famílias. Assim, pudemos
observar o seu brincar em várias situações e informações
de outros pesquisadores.
Quanto aos desenhos propriamente ditos, foi possível
verificar a evolução dos desenhos e semelhanças entre as
populações infantis indígenas e não índias e pantaneiras,
identificando temas e traços comuns, assim como
diferenças significativas, principalmente no uso de
cores e formas.
Sonia Grubitz. Psicóloga, PUC, RJ. Comunicação, UFRJ.
Mestre em Psicologia Social, PUC, SP. Doutora e Pós-
Doutora em Programa de Saúde mental, UNICAMP, SP.
Doutorado com status de Pós-Doutorado em Semiótica,
Paris, Sorbonne. Sociopsicomotricista Ramain-Thiers.
Professora e Pesquisadora da UCDB, MS. Membro da
RED-ALEC, bolsista de produtividade em pesquisa pelo
CNPB. Trabalha com apoio da FIOCRUZ, Ministério da Saúde
e outros órgãos públicos.
A abertura foi feita por Tania Baptista Gonçalves,
apresentando uma retrospectiva e histórico da ABRT,
comemorando os seus 25 anos.
Em seguida Solange Thiers, apresentou o entrelaçamento
da filosofia com a Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers,
numa leitura psicanalítica, versando sobre o mito da
Alegoria da Caverna de Platão, comparando ao
Ser que se permite entrarem sua própria caverna
psíquica durante os trabalhos Ramain-Thiers e despertar
para a vida, vir a ser.
Solange Thiers. Criadora do Ramain-Thiers, A
Sociopsicomotricidade. Psicóloga, Psicanalista, Pedagoga,
Sócioanalista. Mestre em Filosofia e Ética, UGF, RJ.
Presidente da ABRT. Fundadora, Sócia Titular e
Presidente de Honra da ABP. Presidente do VI Congresso
Brasileiro Ramain-Thiers, RJ.
Tânia Baptista Gonçalves. Fonoaudióloga.
Sociopsicomotricista Ramain-Thiers. Fundadora e Sócia
Titular da ABP. Sócia de Honra da ABRT.
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COLEÇÃO
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Volume I
Ramain-Thiers: a vida, os contornos
A re-significação para o re (nascer)
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Volume II
A potencialidade de cada um:
Do complexo de édipo a terapia de casais
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Volume
III
A dimensão afetiva do corpo:
Uma leitura em Ramain-Thiers
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Volume
IV
As interfaces de Ramain-Thiers |
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