Vol. VII: Vitrais 76 - nov 2014
A Revista da ABRT Associação Brasileira Ramain-Thiers - ISSN 2317-0719
 
     
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VITRAIS
Vol. VII: Vitrais 76

                        nov 2014

 

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Reflexão 1

 

Sair pela Porta das Decisões

Alicia Fernandez

 

SAIR PELA PORTA DAS DECISÕES

Alicia Fernandez

 

A realidade é mutável, pulsante, abre-se e fecha-se. [...] abre-se como uma palavra, com um gesto, com uma decisão, com um ato, e fecha-se com algo que se perde, (J. D. Nasio) 

Desejar, desiderare

De desidera, vem considerare,

Ou seja, examinar com cuidado,

Respeito e veneração;

Considerare é consultar o alto para nele

encontrar o sentido e guia seguro

de nossa vida.

Mas, de desidera, vem também desiderare, desejar

Que significa cessar de olhar (os astros);

É despojar-se desta referência,

Abandonar o alto ou ser por ele abandonado;

É decidir tomar o destino

Nas próprias mãos. (Vilmar F. de Souza)

 

SAIR PELA PORTA DAS DECISÕES

Saramago, em um belíssimo livro,
O conto da ilha desconhecida
, sussurra:

... A aldraba de bronze tronou a chamar a mulher da limpeza, mas a mulher da limpeza não está, deu a volta e saiu com o balde e a vassoura por outra porta, a das decisões, que é raro ser usada, mas quando o é, é...

A porta das decisões é difícil de ser usada; porém, quando o fazemos, o fazemos.

Escolher é apropriar-se do desejar a partir de um trabalho de pensamento.

Silvina, uma das meninas que nos introduziu neste livro, assinala a importância de “eu tenho vontade de aprender”.

Escolher é um ato privilegiado de articulação entre o desejar e o pensar.

Pensar não é uma atividade cartesiana, que se faz fechada na casa da racionalidade. Pensar, autorizar-se a pensar, supõe autorizar-se a mudar a realidade cincundante, a questionar aquilo que está, a transformá-la, a incluir modificações.

Silvina aprendeu a andar de bicicleta, e o aprender a andar serviu-lhe como uma aprendizagem de autoria. Se Silvina recorre a essa experiência para explicar o que é aprender, é porque o mais importante que aprendeu quando aprendeu a andar de bicicleta foi a aprendizagem de autoria: que ela podia fazer aquilo. Esse é o lugar de onde se obtém o prazer.

Se o pai de Silvina lhe tivesse ensinado a andar de bicicleta para que pudesse ir às compras com mais rapidez, com um objetivo de eficiência, haveria perdido a eficácia. Provavelmente, Silvina tivesse treinado para movimentar as pernas, manter o equilíbrio e andar, mas talvez não tivesse usado aquela situação para explicar o que é aprender, porque não haveria sido aprender, seria treinamento para alcançar um fim.

O principal do processo de aprender é conectar-se com o prazer de ser autor, com a experiência, a vivência de satisfação do prazer de encontrar-se autor. 

REFERÊNCIAS

FERNÁNDEZ, Alicia. O saber em jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Tradução de Neusa kern Hickel. Consultoria, supervisão e revisão técnica de Regina Orgler Sordi. Porto Alegre: Artmed, 2001.

 

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