Artigo
Ramain-Thiers e a
Constituição do Sujeito |
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Scheila Bastos S.
Fontes
Pedagoga.
Psicopedagoga Clínica.
Sociopsicomotricista
Ramain-Thiers
A
proposta que apresento é a de compartilhar um pouco do processo
terapêutico vivido por B. a partir da metodologia
Ramain-Thiers no período entre Fevereiro de 2011 e Março de 2012.
Sobre
B.:
Neste
período, B. tinha 9 anos e cursava a 3ª série / 4º ano, em
uma escola particular: a mãe buscou o atendimento por preocupar-se
com a dispersão e a falta de investimento da filha diante das
tarefas escolares.
Filha
única, gravidez planejada e desejada. Parto cesáreo. Foi amamentada
até os 6 meses. Aos 7 meses teve obstipação (constipação
intestinal), que foi recorrente aos 2 anos, quando deixou a
mamadeira. Teve dificuldade com o controle dos esfíncteres, só
conseguindo depois de completar 3 anos. Após esse período, teve
infecções urinárias recorrentes, “por prender o xixi”, segundo
relato da mãe. B. andou com 1 ano e 2meses. Falou cedo,
apresentando um bom repertório de vocabulário. Até os 2 anos, dormia
bem, depois passou a ir para a cama dos pais durante as noites,
voltando a dormir sozinha no seu quarto aos 8 anos .
No
contato com a família, B. é descrita como uma criança tímida
e que demonstra insegurança em certas situações, como por exemplo,
quando precisa resolver algum tipo de desafio.
Sobre o
enquadre:
Neste
caso, o atendimento foi individual: inicialmente acontecia duas
vezes na semana, com duração de 1h a cada encontro e depois foi
feita solicitação para reduzir a frequência para uma vez na semana
e, então aceita a solicitação, a duração da sessão foi ampliada para
1h30min e assim mantivemos o trabalho até o seu fechamento.
Sobre o
processo de B.:
A partir
das avaliações e durante as sessões, foi tornando-se cada vez mais
clara a necessidade de trabalhar com a expressão de B.: sua
insegurança e o pouco investimento nas produções foram revelando
algo quanto à sua dificuldade em fazer contato com o desejo de
crescer e um certo incômodo com o seu corpo.
Em um dos procedimentos de avaliação
utilizados,
Desenhos
de Família com Estórias de Walter
Trinca, aparece na cena desenhada e na história contada por ela, o
receio em trazer à tona, a agressividade e a possibilidade de errar:
Ao contar a história, aparecem nervosismo e mais uma vez desconforto,
assim como um pedido de confirmação, feito com olhares frequentes
dirigidos a mim:
O pai falou:
- Tome a sua sopa toda.
A irmã falou:
- Não quero mais.
E a mãe disse:
- Vá para a sala enquanto a gente
termina. Não, mudei de ideia, fique aí mesmo.
(nesse momento, olhou muito para mim, demonstrando certo
“nervosismo” e diz “então a mãe mudou de ideia”. Perguntei o que
teria acontecido pra mãe mudar de ideia: “ela pensou e se arrependeu”.
Pergunto, do que ela se arrependeu, disse: “ de brigar com a filha”
)
Nas
primeiras sessões, foram realizadas propostas livres e semidiretivas,
como: desenho livre, arte, caixa de brinquedos e outras.
Na
abordagem terapêutica, o trabalho com propostas corporais trazia
sempre resistências, negação e muito desconforto com o corpo. Era
como se, de fato não houvesse, uma harmonia de movimentos entre
esquema corporal e imagem corporal. Fui avançando cautelosamente
buscando a disponibilidade de B., utilizando propostas de
sensibilização e aos poucos, a “Educação Física”, como ela
frequentemente denominava o trabalho de corpo foi dando lugar a um
encontro mais prazeroso, buscando a atenção interiorizada, com
movimentos mais amplos e um bom contato com o material intermediário,
quando utilizado. Ainda assim, era comum a interrupção da proposta,
o retorno para a mesa ou a paralisação de movimentos, questionando o
atendimento ou a finalidade daquela atividade, manifestando a
dificuldade em fazer contato com a sua realidade interna.
A música
ou trabalho com ritmos utilizados durante o trabalho de corpo foram
me oferecendo pistas para um bom canal de acesso à B. que foi
trazendo a música, cantarolando, durante as atividades diferenciadas
ou até mesmo na sua chegada à sala.
No início
do ano letivo, a escola ofereceu a inscrição para participação em um
Coral e a seleção para a entrada no grupo foi feita pelo maestro nas
salas de aula: B. foi selecionada! Na sessão seguinte, trouxe
essa novidade com muita alegria e a partir daí foram apresentações,
algumas assistidas por mim, a convite de B. e compartilhadas
com a família e com B. com muita satisfação. Em seguida veio
também a sua entrada na aula de piano e acredito que, de fato, a
música tenha sido um grande facilitador de sua expressão.
Ao lado
dessa caminhada de B. com a música, estávamos eu e o Ramain -
Thiers aproximando-a cada vez mais de seu crescimento, suas questões
com o corpo, com a sua sexualidade.
Percebia
cada dia mais o seu encontro e satisfação com a música, embora
observasse a sua dificuldade em fazer os movimentos com o corpo
coordenado com o ritmo, demonstrando dissociação e o quanto ainda
era difícil viver a diferença e o luto desse corpo infantil.
Desde o
primeiro desenho da família, me dei conta de que com frequência,
surgia uma situação nas sessões, no momento de concluir alguma
atividade: avisava que tinha acabado a produção e quando iria
recolher, ela recuava, dizendo “ainda falta uma coisa”, verbalizando
assim a “falta” vivida por ela.
Em
algumas sessões, logo na sua chegada, B. anunciava um
“segredo” ou algo sigiloso que trazia na mão ou na mochila, eu ia
perguntando e deixando espaço pra verbalização, mas quase sempre ela
respondia com um ar sério e um olhar que não há como descrever e que
diz sempre muito dela: “se é sigiloso não posso contar”! Algumas
vezes mostrava um objeto, um chaveiro, uma ventosa ou uma parte de
algum brinquedo quebrado, em outras vezes mantinha o “segredo”.
Pensando na sexualidade como um grande segredo e sigilo para B. e
durante partilha em espaço de supervisão, decidi pelo auxílio da
literatura e assim, utilizar a Estória, como Atividade
Livre.
Apresentei o livro “A Bolsa Amarela”, de Lygia Bojunga e
disse que iria ler um pouco para ela: o livro é extenso, com muitos
capítulos, então decidi fazer um recorte da história e ler para ela
o capítulo I, As vontades, que conta sobre a personagem
principal, Raquel, suas “vontades” e seus desejos secretos.
“Eu
tenho que achar um lugar pra esconder as minhasvontades... Não digo
vontade magra, que nem tomar sorvete a toda hora... vontade assim
todo mundo pode ver... Mas as outras – as três que de repente vão
crescendo e engordando toda a vida – ah, essas eu não quero mais
mostrar... nem sei qual das três me enrola mais. Às vezes acho que é
a vontade de crescer, outra hora acho que é a vontade de ter nascido
garoto em vez de menina, mas hoje to achando que é a vontade de
escrever...”
Mostrei
também para ela as ilustrações que traziam a bolsa amarela que
Raquel ganhou e onde ficaram guardadas as suas “vontades”.
Enquanto
ia lendo, B. me interrompeu algumas vezes, dizendo ainda do
seu sono (compreendido por mim, nesse momento, como pura
manifestação do inconsciente!) e também falando da mochila nova da
escola, da professora nova que acompanha suas atividades de casa...
Ia deixando que ela falasse, ouvindo e dando um tempo para voltar ao
texto.
Em certo
momento perguntei: Ah, nessa mochila nova você também guarda as suas
“vontades”, como Raquel?
“Eu tenho
muito segredos dentro da mochila da escola... alguns malucos, outros
nem tanto.”
E quais
são os seus segredos?
“Não vou
contar, senão deixa de ser segredo.”
Bem, pedi
então que ela desenhasse as “bolsas” de B. e de Raquel, queria ver
se ela verbalizava mais um pouco...
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Bem, essa é a bolsa de Raquel: |
Enquanto
desenhava ia falando dos detalhes, explicando cada um dos detalhes
que ia desenhando em cada mochila.
Fez o
desenho da bolsa de Raquel primeiro, copiando a ilustração da capa e
depois foi desenhando a sua.
A “bolsa
de B.”, bem grande, ocupando quase o papel todo.
Grande e
cheia de “vontades”.
Talvez aí
pistas quanto à sexualidade e o surgimento da passagem para a fase
genital: B. se encontrando como menina.
Na sessão
seguinte, B. logo quando entrou na sala, foi direto para a
mesa pegar a sua pasta, parecia ansiosa para retomar os desenhos e
disse que precisava “fazer os detalhes” e aí achei que era isso que
tinha de ser feito. Completou com alguns detalhes, poucos, os
desenhos da Bolsa de B., dizendo “a de Raquel já tá pronta”.
Desenhou
em silêncio, cantarolando, identifiquei a música “Sapato Velho”, do
Roupa Nova, perguntei e ela confirmou, estava ensaiando no Coral.
Você lembra, lembra!
Daquele tempo
Eu tinha estrelas nos olhos
Um jeito de herói
Era mais forte e veloz
Que qualquer mocinho
De cowboy...
Hoje não colho mais
As flores de maio
Nem sou mais veloz
Como os heróis...
É! Talvez eu seja
Simplesmente
Como um sapato velho
Mas ainda sirvo
Se você quiser
Basta você me calçar
Que eu aqueço o frio
Dos seus pés...
Na música aparece a lembrança de um tempo que passou e o desejo de
estar, de ser, de novo, mesmo que seja em outras condições, amando e
desejando ser amada.
Quando concluiu o desenho, disse a ela que iria ler mais um pouco do
livro e dos segredos de Raquel, aí a fala foi rolando...
Vontades de Raquel.
Vontades de B.
“Por que Raquel queria guardar as vontades na bolsa? Não precisa: o
que é segredo é só guardar na cabeça e ninguém vai saber... a
verdadeira bolsa é a cabeça... lá tem tudo secreto, ninguém sabe”.
Quais são os segredos e as “vontades” da sua cabeça/bolsa, B.?
“As minhas vontades? Vontades secretas? Vontade de voar, de ser
invisível, ser uma super heroína que salva todo mundo.”
Salva de que? “Salva de todos os perigos que querem atacar... Por
que Raquel quer ser menino?”
O
que você acha?
“Não sei, acho que é pra brincar com brinquedo de menino, eu tenho
brinquedo de menino e não sou menino... tenho carrinho, tenho boneco
max steel, levo até pra escola, só que levo também Barbie... aí a
brincadeira é de barbie e max steel casarem (namorar, eu perguntei),
não namorar não... É a Barbie casa com ele e depois ENGOLE o pé
dele...eu que inventei isso, é uma brincadeira, é uma barbie sem a
cabeça (falou mudando o tom de voz e arregalando os olhos, mais uma
vez os olhos!)... não tem nenhum problema menina brincar de
brinquedo de menino, o mais difícil é menino brincar com brinquedo
de menina... Tem um garoto na minha escola que age como menina e
brinca de boneca e troca adesivo de menina...Ele não quer ser menina
e nem acha que é menina, mas age como menina porque gosta e ninguém
diz nada. Agora chega! Acabou esse assunto” (levantando-se da mesa)
Muita verbalização! Olha o segredo aí na sexualidade. De fato era
hora de parar e de andar um pouco pela sala, mexer o corpo, se
esticar, alongar, com atenção à respiração.
B.
diz : “Sabe como se respira? Aprendi no Coral da Escola: é assim!”
Aproveitei mais um “ensinamento” do Coral...
Em outro
dia quando realizava uma proposta do CR, Quebra-cabeças,
conjunto CR012, Proposta 2, enquanto ia pegando as peças do
quebra-cabeças, cantava “fácil, extremamente fácil...” , fragmento
da música “Fácil”, do Jota Quest.
Começou a ficar angustiada, não estava acertando montar o
quebra-cabeças, mas continuava cantando...
Perguntou: “você sabe o que é sarcasmo?”
E, você sabe?
“É quando a gente fala uma coisa, mas é outra... tá muito difícil...
não tem como fazer não... tem quatro pedaços (olhou para o verso das
peças)... queria ver se tinha alguma dica atrás...”
Demonstrou nesse momento muita raiva, ofereci ajuda, primeiro
recusou, depois aceitou, mas ainda assim não conseguiu montar o
quebra-cabeças.
Assim ficou o trabalho, incompleto, com a falta.
Ao fazer
a proposta CR05/01, do conjunto Retas e Curvas,
verbalizou : “Ai, isso é muito chato, não gosto de fazer esse
negócio parecendo bordado, costura... Por que não pode ser da
direita para esquerda? Não tô com vontade de fazer isso não. Não
devia ter lei!”
Penso no
quanto essa proposta parece ter levado B. para a costura, a
costura é que tá tão difícil de fazer... Integrar, juntar, masculino,
feminino...
Penso
também no quanto foi importante “manter a lei” e aí a proposta é, de
fato, a “a lei”, sem necessariamente ser rígida e autoritária,
ouvindo, ficando mais perto, inclusive para ajudá-la nesse processo
de integração.
Concluiu
a proposta, dessa vez sem a falta, sem essa falta.
Em um
trabalho corporal, algumas sessões depois, utilizando bolas como
material intermediário, B. esteve leve e sorriu muito, embora
demonstrasse estar bastante concentrada em todos os movimentos que
ia realizando.
Vi então
uma B. diferente, solta, leve, à vontade com o seu corpo...
Ao sentar-se,
novamente começou a cantar uma música e pediu para desenhar no
quadro, “metade é uma música que cantei no coral e outra parte da
letra inventei”. A música e o desenho contavam de um sonho seu em
que voava e eu assistia “tão gentil” o seu voo.
As
verbalizações de B. me levavam a pensar no voo, como
crescimento e talvez como uma partida: Qual era o voo? Encerramento?
Partida? E eu “tão gentil” acompanhando o seu voo, o seu crescimento...
Algumas
sessões depois, mais uma vez a música se fez presente no momento em
que B. ia fazendo a proposta CR07/03, do Conjunto Traçado:
agora cantava “fragmentos” da música dos Beatles:
“I Say goodbye
I Say hello”
Pra quem
você diz “hello, B.”?
“Pra você”
E pra
quem você diz “goodbye”?
“Pra você
também”
(fazendo
movimentos apontando ora para a mesa, ora para a porta...)
Fez o
decalque com muita força e marcando muito o papel, ao interligar os
desenhos, deixou alguns pontos soltos com ligações interrompidas.
Talvez aí o desejo de ir e também de ficar, a dualidade que o
crescimento traz e a importância de se fazer escolhas.
Ainda
nessa sessão, propus como Atividade Livre, um jogo que tem
como objetivo formar figuras usando peças de encaixe.
B.
jogou todas as peças na mesa e aos poucos foi relaxando e
cantarolando uma daquelas músicas “desconhecidas”, daquelas que
dizia serem “inventadas”. Escolheu as peças e montou um carrinho de
bebê, me pediu um boneco, colocou sentado no carrinho e perguntou se
poderia deixar na estante. A leitura que pude fazer naquele momento
é a de que B. estava, de fato, caminhando para a fase genital, com
possibilidade de reparação, integração, de suportar as perdas, de
fazer escolhas e de, principalmente, crescer.
Depois
desse encontro, B. iria fazer uma viagem de férias com a
família e combinamos o seu retorno para o início do ano seguinte.
A família
esteve presente em um encontro com a presença de B. e
avaliamos o seu crescimento, mas garantimos o seu retorno como
importante para que assegurássemos as suas conquistas e fosse dada
continuidade ao trabalho na direção de consolidar novos avanços em
direção ao seu desenvolvimento afetivo e social.
Em
Janeiro de 2012, mantivemos o primeiro contato telefônico e a partir
daí foram sucessivas as tentativas de remarcarmos uma data para o
retorno do trabalho e, depois de algumas ligações, houve a
manifestação do desejo da mãe em fechar o trabalho. Decidi então,
marcar uma reunião com os pais e com B. para avaliarmos essa decisão.
No dia
agendado, compareceram à reunião, apenas a mãe e B. Ao entrar
na sala, B. olhou o espaço e os objetos, mencionando tudo que
percebia como diferente ou novo.
Pediu
imediatamente para jogar, quis pegar a caixa de brinquedos, estava
inquieta, depois que sentou, iniciei dizendo do meu pedido para
estarmos juntos (todos!) em reunião e assim conversarmos sobre a
continuidade ou não do trabalho e a decisão da família de fechá-lo
em 2012.
Ao
perguntar à B. se ela sabia do que estava falando, “sei, é
que não vou vir mais”. E o que acha disso? “Nada... Sei lá... Minha
mãe disse que não venho mais porque agora estou indo pro inglês e aí
vou ficar cansada...”
A mãe
verbalizou o agradecimento ao trabalho e aos avanços de B.,
falou da sua alegria em vê-la no Coral e tão diferente no
envolvimento com as tarefas escolares e a participação nas aulas,
mas disse do seu desejo em fechar o trabalho para dar mais “folga” à
rotina de atividades de B. Encerrou sua fala dizendo “...
hoje é uma despedida, mas acho que B. pode voltar em outro
momento.”
Bem,
diante disso, falei de todos os avanços que pude observar em B.
durante o trabalho, ia falando dando exemplos e me referindo e
olhando para B. Ela ia concordando com a cabeça e com aquele
“olhar” que já era tão marcante e conhecido para mim.
B.
pediu para fazer um “desenho de despedida”.
" É você,
aqui desse lado com uma roupa divertida e do outro lado é você
também piscando o olho e dizendo: e aí, B.?"
Sobre B., penso que ainda teria trabalho a fazer, porém vejo
que muito foi feito e que o que foi alcançado e vivido por ela e com
ela, certamente terá efeitos no seu desenvolvimento pessoal.
Sobre mim, enquanto sujeito participante do processo, observo o meu
crescimento, assumindo o material contratransferencial, os erros
cometidos durante o processo terapêutico e nas minhas intervenções,
que vieram à superfície e foram, com certeza olhados e cuidados no
espaço da supervisão, bem como no meu espaço de autoconhecimento,
sentindo-me livre para trocar de lápis e mudar a direção da
intervenção ao longo do processo de atendimento Ramain-Thiers.
Referências:
DOLTO, Françoise. Sexualidade
feminina. 3ª ed.. São Paulo. Martins Fontes. 1996.
GERALDI, Ana Cristina e THIERS,
Solange. Corpo e Afeto. Rio deJaneiro. Wak2009.
THIERS, Elaine.(Org.)Compartilhar
em Terapia. Rio de Janeiro. Casa do Psicólogo. 1998.
THIERS, Solange.
Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers. Rio de Janeiro. Casa do
Psicólogo. 1995.
______. Orientador Terapêutico Thiers para crianças. “CR”.
Rio de Janeiro: Cesir, 1988.
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