A
ARTE E O DESVELAR DO
INCONSCIENTE
Solange Thiers |
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Neste momento de
encerramento do nosso II Encontro Nacional, onde vários caminhos
puderam ser abertos pelo entrelaçar de diferentes saberes, de trocas
enriquecedoras, trago - a arte - com a projeção do inconsciente,
como referência conceitual, também em Ramain-Thiers.
Diante da pedra
bruta, do mármore a ser cortado, o artista começa sua tarefa de
conter sua agressividade e deixar que sua emoção, pouco a pouco, se
projete ora na suavidade, muitas vezes na angústia que o invade.
Vocês já viveram o
quanto é intensa a ansiedade que antecede os momentos de traçar no
papel letras, palavras, desenhos? Assim também poetas e escritores
diante de uma folha em branco, precisam que a escrita macule o
papel: A partir daí, surge a necessidade de reparação como a forma
do artista estar sempre restaurando sua obra.
Criação é de origem
latina CREARE, e é da ordem do divino, que acontece através do
homem, a criatura.
A obra de arte foi
considerada como projeção do mundo interno, pela primeira vez,
quando no sec. XVI, Ernest Kris nos conta a história de um guia, que
diante de uma obra inacabada de Michelangelo, extasiado, afirmava
que aquela seria a sua melhor obra, pois ela revelava uma intimidade
maior com o vivo do artista, exatamente por ser inacabada. (MILNER:
1991: 233)
Ramain-Thiers é uma
construção que se lapida a cada dia, como a obra-prima de um
artista.
Segundo Jacques
Maritain, filósofo francês, o homem é constituído de uma substância
que é para ele próprio desconhecida, com sombras, partes escuras ao
seu auto-conhecimento, o que chamamos o Inconsciente..
Diante disto os
conceitos chineses ficam mais claros quando afirmam “O Tao de que
falamos não é o Tao Real. (1)”
Tao significa
caminho, esta via que precisamos percorrer por toda a vida,
entrelaçando, na busca de novas possibilidades, tema do nosso
Encontro.
No livro do Caminho
e da Virtude encontramos:
“Restaure
seu corpo
Sua virtude será
autentica
Restaure sua casa
Sua virtude será
abundante
Restaure sua
província
Sua virtude será
crescente
Restaure seu
reino
Sua virtude será
farta
Restaure seu
mundo
Sua virtude será
vasta.(2)”
O corpo é uma via de
acesso para restaurar a casa, a casa-corpo é o psíquico, cuja
virtude é autêntica, porque só o autêntico traz em si o emocional...
A casa-corpo é que mantém a vida de relação na família, que se abre
de forma crescente, farta e atinge o social, o mundo das relações. É
o que permite ao Homem trocas vastas e enriquecedoras na vida.
Simbolicamente: “através
do corpo - percebe-se o corpo, através da casa percebe-se a casa,
através da província percebe-se a província”.
Apropriar-se do
corpo - representação do biológico e sensível, apropriar-se da casa,
mundo interno repleto de sonho, fantasias, desejos e conflitos é
poder sentir a unicidade de Ser e expandir-se no mundo de relações -
Este é um projeto de vida em Ramain-Thiers.
As obras de arte não
se constituem de uma unidade inseparável, mas sim da integração de
um objeto sentido de duas formas diferentes.
A palavra arte em
alemão tem um significado muito próximo ao da palavra poder (KUNST x
KONNEN). Há portanto uma correlação de poder na ideologia da arte, o
poder da imortalidade. A perpetuação na arte é a preservação de uma
época, de um certo tipo de desenvolvimento que vai sendo
transformado com o tempo mas que guarda a sensibilidade da
personalidade do artista.
Segundo OTTO RANK, (1884 - 1939), o ser humano é a
mais bela criaçã artística e por isto vou deter-me, especialmente,
nesta obra de arte, que não é plana, nem linear como a arte
primitiva, mas sim plástica, rítmica, figurativa, que se modificou
com os diferentes períodos de nossa evolução, mas que traz em si
impregnações arquetípicas que Joseph Campbell (3) chamou de
estampagem.
A preocupação de
Ramain-Thiers como terapia é a de respeitar a transversalidade da
contextualização, sem que se perca o desejo, o crescimento psíquico
de cada um, a grupalidade.
Peço emprestada a
expressão estampagem, marca de experiência, para designar as
imagens míticas desencadeantes em cada época e promover suas
correlações psíquicas arquetípicas.
O primeiro arquétipo
de sensações vividas ocorre na momento do trauma do nascimento, e se
repete ao longo da vida sob efeitos emocionais sempre que o
indivíduo revivencia momentos de perda, segurança, como ameaça do
medo da morte e que aparecem por somatizações do tipo: falta de ar,
vertigem ou pânico.
A claustrofobia que
se refere ao medo de entrada em espaços fechados se refere à
possibilidade de retorno ao útero materno. Isto é semelhante ao
vivido no período de cavernas paleolíticas. cultura levar as
crianças para conhecer as pinturas rupestres, que eram bisões e
caças diversas, pintados com tintas obtidas através de sangue de
animais, seiva de plantas e/ou terra misturada a elementos naturais.
Junto a esta função basicamente cultural havia uma intencionalidade
do adulto em querer introduzir as crianças em cavernas escuras, como
forma de reativar o medo arquetípico e assim obter controle e
repressão.
Atualmente vimos as
sociedades transformando casas - moradias em superposição de espaços
designados apartamentos, que são a reativação do passado, em espaços
cada vez menores, mal iluminados, repetição de cavernas /
apartamentos decorados, com luz indireta, onde as pinturas de
animais violentos foi substituída pela pintura - cena - viva: - a
agressão - que são quadros da violência que introjetados
psiquicamente são desencadeantes de fobias, pânico, sentimentos de
abandono, rejeição, agressão.
A relação simbólica
da estampagem da amamentação, com toda a plenitude de um estado
fusional mãe x bebê leva-nos a encontrar em Klein fundamentos para a
compreensão deste momento único, que foi inspiração para a pintura
de Leonardo da Vinci em “A Virgem, o Menino e Santa Ana”.
FREUD (4) (1916),
relaciona as experiências infantis de Leonardo da Vinci e tece
alguns comentários sobre o artista, o de que a pintura “A Virgem, o
Menino e Santa Ana” resgatam a integração da mãe boa x mãe má.
Foi em Leonardo da
Vinci, que Freud, pela primeira vez trouxe a idéia da transformação
psíquica de mamilo por pênis.
Segundo Klein, ao
mesmo tempo em que o bebê vive fantasias de devorar tudo o que há de
bom no corpo da mãe, sente-se perseguido e ameaçado de ser devorado
e destruído em seu próprio corpo, pela mãe.
As criações
artísticas, poéticas, líricas e até mesmo, as histórias infantis,
trazem muito este tema.
Nos contos de fada,
por exemplo, as bruxas aparecem seduzindo crianças com doces,
guloseimas em geral, casas de chocolate, mostrando-se sedutoramente
bondosas, como armadilha, para depois comê-las. Nos contos de fada,
há uma bruxa que é uma canibal, como na fantasia inconsciente do
bebê, a mãe é sentida como má e devoradora.
Também na arte
lendária, Minotauro era o devorador de crianças que morava no centro
de um labirinto. Segundo estudiosos como JACKSON KNIGHT (5) o
labirinto representa um longo caminho de fora para dentro, um
caminho que busca o centro, o que mantém semelhanças com a invasão
do corpo da mãe, segundo ele, o tabu da virgindade.
Na pós-modernidade o
tabu da virgindade perde sua representação mítica em algumas
culturas e o que se vê hoje, através da globalização é que em todo o
mundo aumenta o número de meninas e pré-adolescentes que ultrajam o
seu corpo, sua morada psíquica em relações sexuais destruidoras,
devoradoras, incestuosas, prostituídas, cujo resultado é a
pré-maturidade materna ou o aborto.
Desde o Egito Antigo
que as questões da maternagem inspiraram artistas. A deusa Isis, com
seu filho Horus sendo amamentado é um exemplo disto. Na idade média
temos as pinturas da Madona. Hoje, a mulher ocupando um outro papel
na sociedade, participante da receita doméstica, preocupada com os
modelos vigentes da corpolatria, não tem mais condições, na maioria
das vezes, de oferecer aleitamento no sentido mais amplo de
aconchego, alimento, através do seio ou mamadeira. Esta função é
terceirizada.
Ramain-Thiers em seu
setting terapêutico grupal promove a Reconstrução da Maternagem,
através da sensibilidade tátil, olfativa, gustativa, cinestésica e
auditiva, utilizando-se dos intermediários alimento, aromas, cremes
e movimentos para resgatar relações arcaicas.
Outra marca de
destaque na criação artística do Homem - ser social é o prazer
vivido pelas crianças com o próprio excremento. Com que alegria as
crianças brincam com as fezes, o defecar é vivido como um ato
criativo e as fezes como um presente para os pais. Este prazer de
brincar com fezes permanece sublimada no homem adulto e é projetada
em pinturas, artes, esculturas, coleções diversas.
Na pós-modernidade
as sociedades revivem este arquétipo na necessidade de impregnar o
sujo no limpo, como por exemplo os cara-pintadas e os grafiteiros.
O movimento dos
cara-pintadas quebrou diversos tabus e eles se permitiram viver o
simbólico dos palhaços de circo que escondiam sua tristeza nas
tintas. Os cara-pintadas, como formação reativa, tanto denunciam
seu protesto, como exteriorizam sua adesão, de forma irreverente.
A presença do sujo
no limpo significa deixar sua marca, significa o poder não elaborado
que é evidenciado pelos grafiteiros, em competições arriscadas, onde
até a vida perde o sentido na compulsão de deixar sua marca
destruindo uma obra de arte como foi o caso do Cristo Redentor e da
Igreja da Candelária.
É no momento
designado em Ramain-Thiers de Entrada do Limite que se evidenciam,
nos grupos, a ambivalência de afetos, a presença do sujo ou a
escrupulosidade excessiva.
No processo de
desenvolvimento do Ser Humano, a vivência da diferença anatômica dos
sexos é outra marca de experiência importante.
As fantasias de
castração, vinculadas à mãe má, bruxa canibal marca a criação
artística na pintura moderna surrealista onde a projeção da mãe
fálica, devoradora e projetada em aracnídeos e teias complexas,
tanto em pinturas, como esculturas famosas.
Aos cinco anos a
criança vive o romance familiar... o desejo inconsciente de eliminar
a figura parental do mesmo sexo e ficar sozinho com a outra. A
menina vive o Édipo feminino com fantasias de medo de que possam
matá-la, pelo desejo que ela sente pelo pai.
A importância do
símbolo é individual e coletivo no inconsciente da humanidade, O
Édipo, além de mítico, universal faz parte da história psíquica do
homem. É pregnante nos processos de psicoterapia de grupo. O grupo
estrutura-se na revivência de atualizar em uma grande família as
questões edipianas, como base das trocas transferenciais.
No momento designado
Movimento Edipiano, Ramain-Thiers promove propostas corporais que
atualizam a situação de terceiro excluído, permite vivências
tríades, a procura do que completa através de mosaicos e
quebra-cabeça, e que favorecem as identificações sucessivas.
Retomando a RANK
(6), “nós nos revelamos como uma das produções artísticas mais
importantes da humanidade”. As produções artísticas (7),
vinculam-se as diferentes formas de pensar se originam no corpo e
nas suas funções, acabam por tornar-se o centro de referências. Há
sempre um ponto de fixação na libido circulante.
Exemplificando um
pouco mais, nas artes a capacidade criativa vincula-se a criação de
um símbolo para o sentimento, ou um simbolismo para a capacidade de
saber, deter o conhecimento.
Ao promover a
diferenciação entre o eu / não eu, a criança cria a primeira
diferença. E é exatamente isto que marca cada estágio.
De forma semelhante,
valendo-se de nova percepção de um novo símbolo, o artista separa-se
do velho símbolo, que em alguma época teve seu valor, porque já foi
realidade viva, como o rompimento da simbiose a saída do Édipo, a
entrada na adolescência.
Neste sentido, a
criação tanto na arte como na ciência abre espaço, através de um
novo símbolo para que se perceba a diferenciação, a capacidade
discriminativa da estampagem arquetípica, já citada, quando me
referi a diferenças sexuais.
A saída do movimento
edipiano pela condição da invenção transforma cada homem em uma obra
de arte. Segundo Ernest Jones, no livro Teoria do Simbolismo, “só
a criação é libertadora e promove a descoberta da identidade da
diferença.”
Ramain-Thiers possui
uma identidade de diferença: é uma metodologia brasileira de
Psicoterapia de grupo, designada Sociopsicomotricidade, criada pela
necessidade do nosso povo, tendo como referências a Psicanálise, a
Psicomotricidade, o Ramain, e as Teorias de grupo. A nossa
identidade de diferença é exatamente estar circulando “entre” as
diferentes correntes de saber, por possuir um constructo próprio,
sendo também cada uma e todas de forma integrada.
Ramain-Thiers é uma
obra que entrelaça uma complexidade de saberes e passa também pela
arte e principalmente pela sensibilidade do terapeuta para o
despertar do outro, em terapia.
Segundo SEGAL (8),
“o trabalho de reparação do artista nunca é concluída por que
vincula-se à posição depressiva de recuperar e recriar um mundo
perdido, que busca na memória inconsciente integrar um mundo interno
harmonioso com alguma experiência de destruição” .
Freud compara a
restauração de objetos danificados a obras de arte e ele
particularmente, tinha um carinho especial por sua coleção de
antigüidades. Seu maior interesse sobre a psiquê fez com que ele
privilegiasse as formas humanas e os animais. Ele era um amante da
Arqueologia e da Psicanálise, e de forma criativa, correlacionou as
duas ciências. Segundo ele, foi em 1890 atendendo a um caso de
histeria, que percebeu as duas ciências como métodos de remoção de
camada por camada: duas formas semelhantes de escavação: ora o
material psíquico, ora as camadas soterradas, porque cada camada
representa uma época, mas em ambas descobrindo preciosidades
ocultas. (9)
Freud vivia cercado
de suas obras de arte, que poderiam servir-lhe de inspiração ou
comprovação de suas idéias como projeção. A peça HIDRA ATENIENSE
(10), com figuras em “vermelho” alimentava o seu deleite em olhá-la
consolidando sua teoria que o mito edipiano é universal.
Sabe-se que em sua
auto análise Freud (11) escreveu:
”Descobri-me
também,, apaixonado por minha mãe e ciumento de meu pai e agora,
considero isso um dado universal presente no começo da infância...”
“Se é assim, podemos compreender o poder da atração que há em
Édipo-Rei...”
Mais adiante ele
diz: “Todos da platéia, um dia, já foram em fantasia, um embrião
de Édipo e recuam, com horror, frente à satisfação do sonho... que,
na lenda tornou-se realidade, com toda a repressão que separa seu
estado infantil de agora.”
Para encerrar a
apresentação de algumas peças artísticas de Freud e sua correlação
com o Inconsciente apresento EROS. (12)
EROS – deus do Amor,
para Freud, pulsão de vida em oposição à Tanatus - pulsão de morte.
O desenvolvimento
das sociedades, da civilização em geral deve-se a luta entre EROS e
TANATUS. EROS é o símbolo da libido, da pulsão de vida, do Amor.
Ramain-Thiers
constroe o seu setting terapêutico de forma amorosa, reconstroe uma
grande família, revive em diferentes momentos a luta de Eros e
Tanatus, permite a cada um decifrar o seu inconsciente, através do
simbólico da arte e do criar. Acredito ser Ramain-Thiers, uma das
formas terapêuticas a atravessar o milênio com a dignidade de estar
contribuindo com a sociedade brasileira no resgate do Amor, como
pulsão de vida e de criatividade que permite ao Homem conquistar sua
cidadania.
É na força do Amor,
como pulsão de vida, como libido circulante, como união entre os
homens que repousa a nossa esperança de um futuro melhor, no resgate
da integridade do Homem.
Agradecemos a todos
que puderam entrelaçar conosco, através da ciência, e de forma
afetuosa.
O símbolo do
encontro O Despertar em Terapia é uma criação artística e significa
o entrelace das partes boas e más de cada ser humano, na cor verde,
a esperança do despertar, talhado na pedra, assim como a construção
psíquica do ser, permite surgir o Inconsciente, o despertar na vida
de forma plástica, sensível.
A todos os
terapeutas, artesãos da humanidade, o nosso respeito.
A todos os
convidados, artistas do Saber, a nossa admiração.
Ao ser humano,
complexa obra de arte, um brinde de louvor através da amostragem
vocal do artista brasileiro de renome nacional e internacional:
Milton Nascimento, em Canção da América.
NOTAS
BIBLIOGRAFIA
CAMPBELL, J -
As Máscaras de Deus - Mitologia
primitiva. Ed. Palas Athena, 1992.
DAVIES, H e
outros - Peças Selecionadas da Coleção "Sigmund
Freud e Arqueologia." Rio de Janeiro:
FREUD, S. -
A sexualidade infantil (vol VII) Obras Completas.
Rio de Janeiro: Ed. Imago, Ed. Standard Brasileira, 1980.
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Leonardo (vol XI) Obras Completas.
Rio de Janeiro: Ed. Imago, Ed. Standard Brasileira, 1980.
_________ -
Moisés e o Monoteísmo (vol XXIII) Obras Completas.
Rio de Janeiro: Ed. Imago, Ed. Standard Brasileira, 1980.
_________ -
Primeiras Publicações Psicanalíticas (vol III)
Obras Completas.
Rio de Janeiro: Ed. Imago, Ed. Standard Brasileira, 1980.
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Rascunhos Inéditos (vol I) Obras Completas.
Rio de Janeiro: Ed. Imago, Ed. Standard Brasileira, 1980.
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Totem e Tabu (vol XIII) Obras Completas.
Rio de Janeiro: Ed. Imago, Ed. Standard Brasileira, 1980.
_________ -
Um estudo auto biográfico (vol XX) Obras
Completas.
Rio de Janeiro: Ed. Imago, Ed. Standard Brasileira, 1980.
GAY, PETER
Introdução da Obra Sigmund Freud e Arqueologia, sua coleção de
antigüidades. Rio de Janeiro: Ed.
Salamandra S. A., 1994.
KUSPIT, D.
Uma metáfora poderosa: a analogia entre arqueologia e Psicanálise
"Sigmund Freud e Arqueologia." Rio de
Janeiro: Ed. Salamandra S. A., 1994.
LAPLANCHE, J. e PONTALIS, J. B.
-
Vocabulário da Psicanálise.
São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1991.
MILNER, M. A Loucura Suprimida do Homem São.
Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1991.
NASCIMENTO, M. e BANT, F. - Canção da América
CD O melhor de Milton Nascimento. São Paulo:
Poly Gram.
RANK,
O. Art and Artist.
London: W. W. Norton & Company, 1989.
SEGAL,
H. Sonho, Fantasia e Arte. Rio de Janeiro: Ed. Imago,
1993.
TSE
LAO O livro do Caminho e da Virtude. tradução Wei Jin
Cherng. Ed.
Ursa Maior. |